quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A voz contra a liberação das drogas


No debate sobre a descriminalização da maconha, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira representa os que não apóiam mudanças nas regras atuais.
Na polêmica sobre a descriminalização da maconha, não faltam argumentos que defendam tanto do ponto de vista de quem é a favor quanto dos que são contra uma mudança na legislação atual. Essa discussão, que andava adormecida, voltou à cena por causa de manifestações como a Marcha da Maconha, realizada em maio na Avenida Paulista com o apoio de cerca de 700 pessoas, e com a estréia, no início deste mês, do documentário “Quebrando o Tabu”, do cineasta Fernando Grostein Andrade. Quem dá o tom da narrativa é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que visita várias cidades do mundo para mostrar boas e más experiências em políticas relacionadas ao tema. O filme conclui que a descriminalização da maconha representaria um passo importante para diminuir o poder dos criminosos do narcotráfico. “Viver num mundo sem drogas é utópico, isso nunca existiu, mas podemos trabalhar para reduzir os danos”, afirma FHC, a certa altura do filme.
No debate em torno do tema, o psiquiatra paulistano Ronaldo Laranjeira, de 54 anos, virou um porta-voz dos que não apóiam uma flexibilização na lei. Após mais de três décadas de atividade profissional dedicada ao tratamento de dependentes químicos, experiência que o colocou entre os maiores especialistas do país no assunto, ele está convencido de que, em se tratando de substâncias ilícitas, não há negociação possível: é preciso haver proibição total.
Nas oportunidades que encontra para falar sobre o assunto, ele cita uma série de estudos para justificar seus argumentos. Uma dessas pesquisas mostra que uma em cada dez pessoas que experimentam maconha desenvolve algum tipo de transtorno mental. Além disso, uma vez liberada essa droga, Laranjeira avalia que o número de usuários subiria de estimados 5% para 15% dos brasileiros. O baixo preço — um cigarro custa 1 real — faria o consumo incidir sobre a parcela mais vulnerável da população: os adolescentes e as classes mais baixas.
A clareza de suas posições transformou-o numa espécie de estandarte antidrogas. “Virei o chato, o do contra, o careta de plantão”, comenta. Todos os meses ele recebe até sessenta convites para participar de debates, palestras e entrevistas em vários estados brasileiros.
Embora muitas vezes se sinta solitário na discussão, o psiquiatra acredita estar do lado da maioria. Contabiliza a seu favor famílias de viciados, muitos pais de classe média e a maioria dos evangélicos. “Se houvesse um plebiscito, a descriminalização jamais seria aprovada”, aposta.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sinópse do Filme – Trainspotting – Sem Limites

Trainspotting é um filme britânico de 1996, do gênero drama, dirigido por Danny Boyle e com roteiro baseado em livro homônimo de Irvine Welsh.
O filme gerou polêmica em alguns países, incluindo o Reino Unido e os Estados Unidos da América, devido às alegações de que ele promovia o uso de drogas. O senador estadunidense Bob Dole o criticou duramente durante a campanha eleitoral para a presidência de 1996, apesar de ter admitido que de fato não chegasse a assistir ao filme.
Apesar das críticas, Trainspotting foi geralmente aclamado como um filme bastante original e interessante, retratando o movimento clubber no Reino Unido. Em 2004, foi considerado pelo The New York Times como um dos 1000 melhores filmes já produzidos
 O filme conta a vida de um grupo de jovens viciados em heroína em Edimburgo, na Escócia. Nasceu da adaptação de John Hodge para o romance homônimo. Num subúrbio de Edimburgo, quatro jovens sem perspectivas mergulham no submundo para manter seu vício pela heroína. "Amigos" que são ladrões e viciados caminham inexoravelmente para o fim desta amizade e, simultaneamente (com exceção de um do bando), marcham para a autodestruição.



Curso: Comunicação Digital - Design Gráfico


Integrantes do Grupo - R.A.
Lucas Moreira dos Santos - B08BJG-0
João Paulo Santi - B15163-3
Thiago de Jesus - B1466A-2
Rafael Fraga de Andrade - B106ED-4
César Augusto da Glória - B171IC-1


Matéria: Drogas na esquina



A maioria dos pais não tem idéia de como seus filhos entram em contato com as drogas. Eles gostam de pensar em traficantes perversos, verdadeiros lobos maus disfarçados de coelhinhos. Bobagem. A garotada experimenta sua primeira droga ilícita através dos coleguinhas de escola, com a turma nas baladas. Ou mesmo dentro da própria família. Nunca me esquecerei do depoimento de um pai em uma palestra que dei no interior de São Paulo. Quando afirmei que as drogas estão mais próximas do que se pensa, o homem se ergueu chorando:



— Meu filho faleceu de AIDS. Ele contraiu o vírus em seringas compartilhadas. Mais tarde descobri que o meu irmão, seu tio, foi quem o levou ao consumo.



Emudeci. A platéia ficou em silêncio. O que dizer diante do sofrimento daquele homem? Da curiosidade ao vício, o roteiro é conhecido. O adolescente falta às aulas. Fica trancado no quarto ou some com a galera. Pede grana extra. Finalmente, algo de valor desaparece da casa. E aí a família reage... Demitindo a empregada! É sempre a primeira suspeita. Uma conhecida cuja filha chegou a ser internada lastimou-se:



— Ainda não entendo como não percebi. Ela mudou de comportamento, rebelava-se o tempo todo, sumia. E eu achava que era uma fase.



Para alguns adolescentes, o uso de drogas parece normal. Seus próprios pais as usam. Principalmente as consideradas leves, como a maconha. O pai do amiguinho muitas vezes oferece o primeiro cigarro ao garoto, como se fosse um ritual de iniciação ao mundo dos adultos. Já ouvi pais como esses argumentar:



— A maconha é menos perigosa que o cigarro.



Pode até ser, embora eu duvide. Nunca vi um fumante convencional se tornar uma pessoa lerda, com pensamentos vagos, como o usuário de maconha. E a maconha vem misturada, ninguém sabe com o quê. E também, se algo é menos perigoso, não significa que seja bom. Também ouço outro tipo de defesa:



— A bebida é muito pior que qualquer droga.


Concordo. O alcoólatra destrói a própria vida. Mas a maioria das pessoas bebe só socialmente. As drogas parecem produzir reações químicas em que a dependência é quase imediata. Mais que isso: drogas são proibidas. Para comprá-las é preciso dialogar com traficantes, entrar no submundo do crime. Quem deve no bar, no máximo ganha um esculacho do gerente. No caso das drogas, leva tiros.



fonte: http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2215/drogas-na-esquina-walcyr-carrasco


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domingo, 23 de outubro de 2011

Entrevista: "Transformação de Vida e Fé" - com Pr. Josué



          Josué Alves Estevam, pastor regional de uma organização religiosa nomeada como Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo na Cidade de Cotia, com sede mundial no bairro da Pompéia/ SP, faz um trabalho social voluntário em busca de recuperação de dependentes químicos.
          A mais de sete anos livre do que se dizia "a sua prisão", foi incentivado a fazer com que pessoas com o mesmo problema e que eram vista pela sociedade como desprezíveis, voltem a ter uma nova vida social. Em um de seus discursos em um culto na sua igreja o pastor declara "para quem me conheceu antes e me vê hoje, não acredita que sou a mesma pessoa" - usa essa expressão para dizer o quanto era degradado o seu estado anterior de vida. Desde então convertido ao evangelho vem salvando pessoas, proporcionando a elas uma nova chance de se integrarem a vida social.
          Convidamos então o Pr. Josué para uma entrevista, confira: